Um ateu é um homem que não possui meios invisíveis de apoio.(H. E. Fosdick)

domingo, 8 de março de 2009

Ateísmo - Parte I


O que é Ateísmo?

O ateísmo é caracterizado pela ausência da crença na existência de quaisquer deuses. A descrença geralmente vem de uma decisão deliberada ou de uma dificuldade para acreditar nos ensinamentos religiosos que parecem literalmente inverossímeis. Não se trata simplesmente da descrença advinda do desconhecimento sobre as religiões.

Alguns ateus vão além da mera descrença: afirmam categoricamente que não existem deuses particulares ou quaisquer deuses. A simples descrença em deuses é comumente denominada “ateísmo passivo”; o “ateísmo ativo” seria literalmente acreditar que não há (ou é impossível existir) deuses.

Em relação às pessoas que nunca tiveram contato com a idéia de “Deus”: se são “atéias” ou não, isso é matéria para debate. Mas já que provavelmente não encontraremos qualquer indivíduo nessa situação, promover tal debate passa a ter pouca importância.

É importante salientar a diferença entre os ateísmos “ativo” e “passivo”. O “ateísmo passivo” trata-se simplesmente de ceticismo; descrença na existência de Deus. O “ateísmo ativo” afirma positivamente a inexistência de Deus. Não cometa o equívoco de classificar todos ateus como “ativos”. Há uma diferença qualitativa entre as posições “ativa” e “passiva”, não se trata tão-somente de uma variação no grau de “intensidade ateística”.

Alguns ateus acreditam na inexistência de todos deuses; outros se limitam a deuses específicos, como o Deus cristão, em vez de fazer negações generalizadas.



Não crer em Deus não significa a mesma coisa que acreditar em sua inexistência?

Definitivamente, não. Descrer significa não julgar ser verdade. Não crer que algo é verdade não equivale à crença em sua falsidade; certos indivíduos simplesmente dizem não saber se isso é verdade ou não, o que nos leva ao agnosticismo.



O que é Agnosticismo?

O termo “agnosticismo” foi cunhado pelo professor T.H. Huxley em uma reunião da Sociedade Metafísica em 1876. Ele definiu um agnóstico como alguém que nega tanto o “ateísmo ativo” quanto o teísmo, e também que acreditava que a questão da existência de uma força superior não foi e nunca poderá ser resolvida. Outra definição para agnóstico é alguém que acredita ser impossível saber com certeza se Deus existe.

Desde essa época, entretanto, o termo agnóstico também foi utilizado para designar aqueles que não julgavam a questão intrinsecamente incognoscível, mas também alegavam que as evidências contra Deus eram inconclusivas, permanecendo, então, neutros sobre o assunto.

Para reduzir a confusão acerca do termo “agnosticismo” recomenda-se nomear a definição original como “agnosticismo estrito” e a segunda como “agnosticismo empírico”.

Palavras são traiçoeiras e a linguagem abunda em imprecisões. Mantenhamo-nos, então, longe da idéia de podermos deduzir o ponto de vista filosófico de alguém simplesmente baseados no fato dele denominar-se ateu ou agnóstico. Por exemplo, muitas pessoas usam o termo agnosticismo no sentido de “ateísmo passivo” e a palavra “ateísmo” designando “ateísmo forte”.

A palavra “ateu” possui várias significações, e assim fica muito difícil fazer qualquer generalização. Tudo que pode ser dito com segurança é que ateus não crêem em Deus. Por exemplo, certamente nem todos julgam que a ciência é o melhor método para desvendar os segredos do Universo.

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